Foto: José Lorvão A inquietação reivindicou o seu espaço num aglomerado de imundície Acumulada pelos passos da indiferença vestida de impotência maníaca Perante microrganismos saltitantes pela denúncia do atrito De um pó fermentado em gretas de humidade estagnada negra como breu Esperando a morte dos peixes e dos crustáceos no adiar das faxinas Produzindo alimentos abundantes para o submundo das toxinas Os venenos sorrateiros espraiam-se pelo chão dos inocentes Perante a inaptidão decadente e a cegueira da ambição ardente Transitando os autómatos pregados em estacas que persistem Instruídos p ela programação ferrugenta da preguiça fraudulenta E do cansaço traiçoeiro perdido no leito gretado e seco Do outrora límpido e cristalino ribeiro em submerso leito Faltam-me as planícies trigueiras debaixo dos pés sonhos por realizar E um corpo esquecido aguardando o pedagógico esquartilhar Para quem pelo entusiasmo prosseguir estudos de anatomia e ficar