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A mostrar mensagens de fevereiro, 2020

A deformação dos corpos

A acidez dos estômagos pronuncia uma antecâmara sombria Onde a água escorre pelas paredes amolecidas pelas lágrimas dos deuses Pelos excrementos dos dinossauros e pela retórica humana Enquanto o fogo que consome as entranhas reage ao esmagamento Da máscara de pânico e afrontamentos dos ricos de visão leviana Subsistem os palácios sumptuosos e seus andarilhos em forma de espectros Adoradores de poderios secadores de rios produtores de cancros Dominadores da ralé que ignorante entre si se compra e vende Pagando-se os corpos com mais ou menos dinheiro conforme a maré A acidez que corrói os órgãos trabalha igualmente Na tática agressiva das sociedades famintas de glória e eternidade Em constante subida e desmoronamento Porque os falantes têm memória curta Cegueira perene e sem amor próprio Baralham-se promíscuos com o gelo sujo dos meandros Do pensamento económico de neurónios entrelaçados Onde cada algoz puxa a corda para o seu poleiro Des

Tempo alterado

Foto: José Lorvão Vibra um tempo alterado pela junção da ansiedade Que se mascara de um riso de criança traquina Perante o stresse alargado pela impotência maquiavélica Da decomposição dos mundos sem valores Gerando o pavor na delicadeza e inocência das flores Brande um tempo violando o mesmo espaço fechado Entre o sono e a vigília explodem mecanismos claustrofóbicos De fraturas e cortes amassos arremessos por entre costuras e histórias De cordões umbilicais que se rompem e descosem Num campo neurológico de sonoridades artificiais e transitórias Tange um tempo sem poiso por entre engenhos acolchoados De visualizações inomináveis semeadas entre as pedras milenares Em irregularidades salteadas esburacadas talhadas revoltadas Pela mudança dos leitos pelas árvores caídas e queimadas E o corpo deitado sem prazo abana o quarto em luzes suspensas Quebrando os ciclos da memória em estado líquido Na esfericidade atormentada de um sistema virtual d