A acidez dos estômagos pronuncia uma antecâmara
sombria
Onde a água escorre pelas paredes amolecidas pelas
lágrimas dos deuses
Pelos excrementos dos dinossauros e pela retórica
humana
Enquanto o fogo que consome as entranhas reage ao
esmagamento
Da máscara de pânico e afrontamentos dos ricos de
visão leviana
Subsistem os palácios sumptuosos e seus andarilhos em
forma de espectros
Adoradores de poderios secadores de rios produtores de
cancros
Dominadores da ralé que ignorante entre si se compra e
vende
Pagando-se os corpos com mais ou menos dinheiro
conforme a maré
A acidez que corrói os órgãos trabalha igualmente
Na tática agressiva das sociedades famintas de glória
e eternidade
Em constante subida e desmoronamento
Porque os falantes têm memória curta
Cegueira perene e sem amor próprio
Baralham-se promíscuos com o gelo sujo dos meandros
Do pensamento económico de neurónios entrelaçados
Onde cada algoz puxa a corda para o seu poleiro
Deslizando no lameiro sobre os carris enferrujados
E sorri o eloquente qual palhaço do circo animando a
malta
Nasce da discrepância a azáfama da informação
manipulável
Ludibriando todos sem que lhe seja apontada uma falta
Entusiasmado com a vantagem competitiva temporária
Amealha pomposo o imbecil mercadoria descartável
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