Foto: José Lorvão |
Vibra um tempo alterado pela junção da ansiedade
Que se mascara de um riso de criança traquina
Perante o stresse alargado pela impotência maquiavélica
Da decomposição dos mundos sem valores
Gerando o pavor na delicadeza e inocência das flores
Brande um tempo violando o mesmo espaço fechado
Entre o sono e a vigília explodem mecanismos claustrofóbicos
De fraturas e cortes amassos arremessos por entre costuras e histórias
De cordões umbilicais que se rompem e descosem
Num campo neurológico de sonoridades artificiais e transitórias
Tange um tempo sem poiso por entre engenhos acolchoados
De visualizações inomináveis semeadas entre as pedras milenares
Em irregularidades salteadas esburacadas talhadas revoltadas
Pela mudança dos leitos pelas árvores caídas e queimadas
E o corpo deitado sem prazo abana o quarto em luzes suspensas
Quebrando os ciclos da memória em estado líquido
Na esfericidade atormentada de um sistema virtual de projeção
Iluminando atividades magnéticas na intuição do invisível sentido
É então que o estremecer surpreende na mensagem
Vive a tua vida mesmo que ela seja desenhada
Num imenso agreste e infinito silêncio mar de sal
Mesmo que a tua garganta seque a tua boca se cale
A tua língua se enrole e te asfixie num aterrador vendaval!
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