Foto: José Lorvão A seleção natural impõe-se como carrasco em tempos de pandemia Que faleçam os fracos os velhos doentes criminosos reles e incompetentes Excluem-se sem pejo os depressivos os inúteis vítimas da sorte Rodam os palcos e o público assistente aliena-se na contenda Do desperdício do horror no desviver lentamente em agonia Inerte qual veneno paralisante na sobranceira crueldade da asfixia Caldeirão onde se emaranham as salsadas e a energia negra do vilão Espalhando-se perpetuamente de forma infinita e cega Pelo elevador metálico qual cárcere panorâmico da manhosa ilusão Já não acontece nada à superfície que me seja estranho Enquanto o sol vai a pique os elementos fundem num contrair medonho A física e a química transmutam-se sem objetivo e sem meta E a refeição é droga apurada na pressa do escape Pelas imaginações vertiginosas sem controlo de criação inquieta Provam-se os laços perdidos na lonjura e desmembramento do encanto Na vis