A globalização comunicativa exala um odor de embuste recheado de sorrisos Os inocentes caem amedrontados e atónitos nas redes dos malabaristas de anéis E trapezistas de longo curso alcançam as fragilidades alheias Magicando enfeites e estratégias recheadas de emboscadas e paladares imprecisos As galinhas juntam-se para cacarejar deixando os ovos e os pintos à sorte Mas a raposa oportunista espreita com postura acrobata Sedutora empreende conversa de circunstância e de focinho populista Distribui beijos e abraços enquanto os dentes se aprontam Para saborear a lustrosa refeição controlando os ignorantes em jogo fascista É que num mundo de fantoches não há tempo para viver Reagimos como se estivéssemos já mortos e os espasmos elétricos Volteiam num surgir vertiginoso de cenas teatrais em palcos de combate Distendendo os corpos cansados como últimos meneios humanos patéticos Os galiformes tagarelam no tempo dos animais falantes em agudo polimento N