Esgravato um tempo de cores suaves entre pinceladas abauladas Numa tela curva que reata o fim e o princípio qual carrocel Que volteia na feira animada de residências assombradas De templos despidos de paredes outrora caiadas Apenas conservando as doces e frescas fachadas com odor a mel Desfaço-me em esfregaços informes de cor púrpura E ignoro tenazmente o sofrimento agudo que me invade o peito A estranheza que se aglutinou a mim em laivos delirantes Não sei se me afasta das intempéries incontroláveis do mundo aflito Ou se me retalha e empurra para a miscelânea insubmissa Que compõe o distorcido cosmo em espasmos contagiantes Tranquei-me por dentro neste tempo obscuro de embaraço E empreendo a fuga para um mundo quântico num voo picado Que se repete no infinito tentando ultrapassar o portal do esquecimento Contorno os caminhos migratórios das acrobacias fantasiosas Retorno ao grupo de crianças traquinas que nos ribeiros chapinham Colho os lír