Aparece no palco artificial em movimentos de sorriso
genuíno
Enganando o pagode com o seu palavreado subtil
Degustado há milhares de anos por aprendizagem e
competências de extermínio
Entrelaçadas com cenas de amor e ódio de sofista
Que vende o caixão de ouro ao futuro morto
Empreendendo discurso rasteiro vacilante e torto
Move-se a boneca de porcelana no meio adjacente
À miséria dos casebres e aos dejetos de rua
Pois quer aplausos protagonismo e o bolso sempre recheado
Pelos cartões maravilha que acumulam valores de troca
Aglomerando hienas que lhe seguem as pisadas
Denotando azedume na dança das palavras falaciosas
De quem passa a vida a viver na sua fortaleza de tiro
ao alvo
Do alto da torre derrubando o pateta idiota mono
Que também anseia por bilhetes de visita aos cofres
ocultos
Como código de acesso ao poder e ao trono
Bom seria se todos fossem para bem longe e sem vintém
Caberiam todos no mesmo trem
Seguiriam a boneca de porcelana com beleza de mármore
gelado e duro
Metade da vida nada fez e a outra vai repetir o mesmo
outra vez
Quebra-te boneca no jogo da dança acabado
Pois jamais cingirás um espantalho de um campo minado
E antes de abrires a boca e mostrares a língua bífida
falaciosa
Os teus dentes perfeitos partirão a noz do teu
alimento sangrento
Pois vives da míngua dos refugiados da sorte
Será o teu caixão de ouro mas não evitará a tua morte
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