Soletro cada som inaudível tricotando o ventre
Que acalenta reminiscências de cascos e garras
Escamas pelos penugens e arremessos
Zumbindo em primitivas armas
Tateando cada saliência abertura cortante para o
submundo
De flutuações inconstantes inacabadas em
movimentos dançantes
Sem rostos nem esqueletos de palhaços rompantes
Respirando o desdobramento da couraça dos anfíbios
Onde serpenteiam as anacondas alimentando-se da
constrição das fronteiras
E dos corpos empilhados que permanecem cadáveres
indigestos
Desperdícios da raiva da ganância do ódio e da
intemperança
Advenho expelida pela garganta inflamada em alta
pressão
Deslizando por um escorrega de mil espinhos
Duma incontrolável escuridão inominável
Moldando as fraturas e hematomas
Onde criaturas radiantes criam circuitos de distração
Arriscando o mergulho em magmas ardentes
Quais mágicos sabedores dos truques todos de
ilusão
Erguendo depósitos nas artérias latejantes
Sobre a monstruosidade atrevida e descarada
Envolvendo síncopes masturbatórias de
sobrevivência translúcida
Enquanto as figuras humanas ardem em crematórios
Aguardando a sucessão dos elementos
Recriando espaços reproduzindo tempos
No regaço da consciência faminta do aparecer
E num lapso as mãos gretadas e inquietas deixam de
tocar
Perante o pensamento que se afunda no esquecer!
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