Foto: José Lorvão |
Assomam bigornas nos túneis minados das cidades
No escalar das nuvens de algodão amargo de ambiente
ácido e hostil
Enquanto os anfíbios criam cenários de engodo e diversão
Que originam fobias nos autómatos invisuais
manipulados em rédea curta
Onde só a energia das estrelas poderá alterar o rumo
contaminador de corais de betão
Caem por terra as tentativas dos jardins suspensos e
as hortas nas alturas
O refúgio nas montanhas é austero mas serve de
barreira
Aos parasitas de ventosas açambarcadoras
De flutuantes embarcações em eras de inundações
Estão mortos os gigantones corais de betão
O rendilhado das ruas e os atropelamentos geram o
pânico e o embaraço
Os pelintras usam esquemas saltando por entre teias
umbrosas
Vivem de astúcias argumentativas paupérrimas e sem
ética
Vendendo e matando os da sua própria estirpe com
pontiagudo aço
Nasceram dos cornos de um deus falsário
Mágico sarcástico de fedorenta gastronomia
Assinando convicto e determinado o pacto da
antropofagia
Esta semente perversa não tem lugar nem moradia
Chupando sub-reptício a carne e os ossos em aprazível
mordomia
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