Baila a timocracia por cima das cabeças dos nascidos
por engano
Colando-se à psicose coletiva da robótica humana
inativa
Enquanto as artes vertem sangue na ambiguidade dos
dejetos
E a savana guarda os vírus em bolha explosiva
esperando transporte
Para a noite gélida que se adivinha no bolbo
raquidiano dos mamíferos
Que em retirada se refugiam no subsolo em grutas
demenciais
Porque o humano adquiriu novo significado
Transforma-se em besta à solta
E empreende o genocídio desacreditando no amor
Rasgando a confiança erguendo a instalação estratégica
da banca rota
Ergue-se nas trincheiras um mercado que serve o
amontoado de parasitas
Que apenas exploram tronos sem darem nada em troca
Sorvendo o trabalho árduo dos que transitam na base da
pirâmide
A inteligência artificial impõe-se do alto dos
arranha-céus perante plateia morta
Em orgasmos de luxo desenvergonhado rindo e gozando da humana
escravidão
Perante os abutres que esvoaçam por céus obscuros
Montados nas transações de alta prontidão
Aguarda-se a queda dos que sofrem o desemprego
difundido
Alimentam-se as lesmas gordas sugadoras de valores
Arquitetados nas finanças dos açambarcadores de vidas
Assinam contratos com ratazanas pelintras de
putrefactas vozes
Saboreando com avidez patológica o repasto dos algozes
Comentários
Enviar um comentário