Foto: José Lorvão |
O prazer sádico explodiu no grupo intoxicado pela
inanição
Onde a anemia minou neurónios e furou os tímpanos
dos macacos em apatia
Só os urros espumam das mandíbulas do canzoal
esfomeado de sangue
Qual desejo de sanguessugas incoerentes e cobardes
Que se agitam na germinação da violência no âmago
de criaturas
Sem rotas sem projetos sem criatividade
manipuladores de horror
Onde se soltam tatuagens de embalar espíritos
vazios procurando poiso
Assinando contratos atestados controladores de morte
vida e dor
E o ego a rebentar de trampa distribuindo agressão
gratuita
Qual boneco saltitão dos anfiteatros e bancadas
De língua afiada cuspindo bactérias destruidoras
de inteligência
Enrolando-se na estupidificação especialista em
venenos psicológicos
De sinfonias descontroladas e desfasadas
Então a festa dos corpos desfaz-se em gritos
colapsados pelos apedrejamentos
Gestos que lançam escarros virulentos das bocarras
escancaradas dos delinquentes de profissão
Ofendendo os que hasteiam o facho da liberdade e
da comunidade
Da beleza da destreza dos festejos da humanidade
Há sempre criaturas enraivecidas arremessadoras de
peso
Contra os edificadores atléticos
Pois no seu endemoninhar permanece a super-cola da
imbecilidade
Que se pega ao encéfalo tacanho de minhoca
subterrânea
E nem se dão conta da sua condição de bestas
Nem do ódio que corrói o coração
Porque nesta sociedade venal entre a cintilação da
pele e a destreza dos membros
Entre o perder e o ganhar será imperativo o ritual
sagrado do participar
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