Procuram as lagartixas refúgio debaixo das pedras
Enquanto os homens se sujeitam a primatas
Imbecis sem pudor alarves da manipulação e chantagem
Assentando arraiais no despudor da pérfida aragem
Que a brisa se inverta na garganta estreita
Estrangulando os chantagistas que em desequilíbrio
Deslizam por entre manchas de óleo rodopiando nas
barragens
Dejetos de cruzeiros pomposos promíscuos de
empobrecidas linhagens
A temperatura mortal dos fornos enlouquece
Os touros revoltados na lezíria transfigurada
Que provoca a corrida em debandada afincando os cornos
O sol abrasador tece redes de penúria
E vozes que se escondem nos rios secos da amargura
Quando as raposas deixarem de vir comer à mão de
assassinos
E mostrarem os dentes afiados
Talvez então os ostentadores de topázios se engasguem
com eles
E asfixiem num gemido de último prazer
Engolindo o que tanto anseiam e guardando
As pedras resplandecentes no ventre abaulado do ócio e
do saque
Enquanto os ditadores se pavoneiam impunes de fraque
Perante os fura-vidas que alastram os tentáculos
Pelo odor cativante do poder e dinheiro
E os serventes não têm como encher o mealheiro
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