Nódulos perniciosos instalam-se pela calada sem
sintomas
E cravam-se por entre os ossos e o músculo
Anunciando o ritual da miscelânea gastronómica
Provocando o desabamento das estrelas por entre o
crepúsculo
Os traçados vincam-se em mapas denunciadores do
efémero
Provocando ovulações guardadoras de estirpes
resistentes
Aos ambientes contaminados pelos primatas sábios
Selando os testamentos falsos de folhas amarelecidas
Diluídos pelas pastosas impressões digitais
Pelo frenético sanguinário desenfreado da caça
E pela saliva patológica das feras estropiadas
O corpo mutila-se em indeléveis cicatrizes
O lugar da cauda em depressão duvidosa
Teimosamente abraçando o passado genético
Dança com asfixias alérgicas
Sofrimentos em queda quântica
E as traições interiores em simulação de suicídios e
sinusites
O corpo baralha-se nas rebentações do mercado
No morder da própria língua
No roer as unhas como animais insanos
Cortando os atilhos que prendem as asas
Próprias para outros voos exteriores
À atmosfera suportada por humanos
Inventando outras sonoridades a todo o momento
Emaranhando estalidos de graves e agudos
Saltitando nas notas musicais qual motor primordial
Explorador cego e surdo do eterno movimento
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