Foto: José Lorvão Os corpos mutilados acompanham a mecânica terrestre Variada e agreste perante os empurrões em osmose Que degeneram em acelerações incontroladas Causadoras de embates em ascensão de miragens Enquanto pontos minúsculos se debatem pensativos Na corrente de força bruta e indiferente Aos cortes profundos da animalidade em metamorfose O fogo explode sobre a velocidade da passarada Que sobrevoa as catástrofes inevitáveis Por entre flutuadores de fornalhas acesas Enquanto os bailarinos empreendem as piruetas estonteantes Contrariando o magnetismo da terra que alterada Põe a nu as suas feridas rasgadas e suturadas A hidrostática falseia as ondulações dos cetáceos Que dão à costa aproveitando as correntes termodinâmicas Em ascensão de improviso onde os desperdícios flutuam em mictórios Enganadores de magnetismos armadilhados pelos circuitos humanos Geradores de desastres em refração onde os mares côncavos Devoram as embarcaçõe